4 de jul. de 2011

Perdoa meu vazio...

Estou,
Prisioneira de meus pensamentos,
Prisioneira de meus sentimentos,
Acorrentada em minhas mágoas e tristezas,
Tenho um baú, cheio delas...

Venho colecionando-as já faz algum tempo,
Já tentei atira-las pela janela,
Chutá-las porta afora,
Mas, não tenho conseguido,
Desta vez, só o tempo, não está sendo o suficiente...

Tenho minha boca calada,
Que tudo sabe,
Mas que nada quer dizer,
A mente confusa,
Entorpecida necessariamente,
Que não consegue pensar,
Incapaz de expressar-se...

O que me dói meu amor,
É que,
Hoje, entre o meu querer e o teu,
Dista algo mais,
Que sorrisos,
Que beijos...

Hoje, para alcançar-me,
Necessitarias entender...
Compreender meu silêncio,
Minha “distancia”,
Minha “frieza”...

Não queira punir,
Meu silêncio com o teu,
Nem sequer insinue,
Que não quero estar contigo,
(é o que mais quero, em cada minuto de meus dias)

Mas neste momento,
Não estou em condições de ser eu mesma...
Estou confusa demais,
Portanto amor,
Me dói demasiado dizer,
Que não te quero preso em minhas tristezas,
Não aqui,
Na escuridão destes meus pensamentos,
No vazio que hoje me transformei.

Não mereces...
Necessitas luz,
Aquela, que tu estás a buscar no final do teu caminho...
Necessitas alegria, estimulo...

Não minha frieza mórbida... muda e descuidada...
Que te faz sofrer.

Me quero de volta amor, juro.
Não imaginas o quanto quero ser eu mesma...
Mas o poço, é demasiado profundo.